quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Visita ao Instituto de Medicina Molecular


O JA'' recebeu a notícia que a seguir publica, enviada por e-mail pela professora Emiltina Matos. O editor não quer deixar de assinalar a qualidade do texto e espera que sirva de exemplo e incentivo ao envio de mais material para publicação. A aluna que assina a notícia está de parabéns.


Visita ao Instituto de Medicina Molecular

Na passada terça-feira, dia 20 de Outubro de 2008, as turmas 10ºA de Ciências e Tecnologias e 12º E de Ciências Sociais e Humanas, acompanhadas pelas professoras Emiltina Matos, Luísa Lopes, Fernanda Melo e Gabriela Machado, deslocaram-se ao Instituto de Ciência Molecular, sedeado na Faculdade de Medicina de Lisboa. Esta visita realizou-se no âmbito do projecto “Educar para a Saúde”.
O jovem director da estrutura do Biobanco do Instituto, Dr. Tiago Fleming Outeiro, numa apelativa e esclarecedora apresentação, falou sobre a ciência e a área concreta onde incidem os seus estudos actuais, as doenças degenerativas do foro neurológico, conduzindo-nos, posteriormente, em visita ao seu laboratório. Pudemos clarificar e aprofundar algumas noções científicas, conhecer de perto o desenvolvimento do trabalho científico, e a experiência pessoal do neurocientista.
É recorrendo a amostras biológicas, sangue, saliva, massa cerebral, entre outras, de pacientes portadores das doenças neurodegenerativas e pacientes saudáveis, que a sua equipa analisa molecularmente reacções e características para estabelecer comparações e encontrar soluções para prevenção e tratamento destas doenças.
O detalhado armazenamento do biobanco, constituído pela recolha de inúmeros extractos e tecidos e seus estudos clínicos, contará brevemente com a doação de cérebros humanos. Este banco estará disponível a toda a comunidade científica e formará conjuntamente com o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto e os Hospitais da Universidade Coimbra, uma rede nacional.
O Dr. Tiago Fleming Outeiro revela-se, assim, um investigador exímio e inovador, visto levar a cabo um projecto nunca outrora posto em prática no domínio da neurociência em Portugal, mas sem nunca perder a sua humildade. Elogiou o mérito dos cientistas portugueses, comparativamente aos estrangeiros, cuja única diferença é a falta de apoio dada aos investigadores em Portugal. Desfez os mitos comummente associados aos cientistas, reforçando de igual forma o importante papel da vertente humana no seu trabalho e foi com uma generosa e calorosa simplicidade que partilhou connosco o seu percurso, motivando-nos a seguir as nossas vocações.
Helena Antunes Simões nº5 12ºE

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