segunda-feira, 15 de março de 2010

Para que os registos recordem aquilo que a memória vai esquecendo…



Numa das nossas reuniões propôs-se a declamação de poemas escritos pelos alunos ou seleccionados pelos mesmos para serem apresentados no Dia dos Namorados.
Assim, a equipa planeou, informou, divulgou, desafiou e convidou.
O Núcleo de Português/Espanhol aceitou o convite e, como o Entrudo coincidia, praticamente com o mesmo dia, juntaram-se esforços e, além da Poesia, associou-se uma tradição latina – Quebra de Pinhatas.
Os alunos do 9ºE aderiram de imediato à ideia e trabalharam com afinco. Estipularam que se deveria escolher os melhores poemas (que tinham composto) e as mais bonitas pinhatas (por eles “fabricadas”) para serem apresentados/as a um público, maioritariamente escolar.
No dia 22 de Fevereiro, com o auditório da Casa Rural cheio de alunos curiosos, leram-se os textos poéticos vencedores e quebraram-se as pinhatas preferidas, em apoteose total.
Pedimos desculpa aos alunos que se inscreveram, mas que, devido a questões de logística, não foi possível contemplar a sua presença no evento.
Agradecemos a presença das Professoras Emília Costeira e Carla Almeida, que representaram a Directora da Escola por esta se encontrar fora do País, em serviço.
Aqui ficam testemunhos deste desafio.

Coração Naufragado

No meu coração reside o sentimento,
Porém, não passa as fronteiras do segredo,
Mantém-se escondido na porta do medo
Inserido num cofre pousado num rochedo.

Reflecte agora com desalento
Pois não passa de uma carta naufragada,
Caminhando ao ritmo do vento
Sem destino, sem poder fazer nada…
Até que um dia alguém o encontra,
Alguém que o destino procurou
Que outrora guardara a chave
Do cofre que naufragou.

Enfim o segredo foi aberto,
Alma gentil passou por perto,
E aquela esperança que não voltara mais,
Regressou quando, naquele mesmo dia, me esperavas no cais.


Beatriz Martins nº 5 - 9ºE



informação enviada por e-mail pela professora Teresa Rafael

2 comentários:

Élia Martins disse...

Gostei.....
Continua.

Emiltina disse...

Muito bonito: transborda amor, sensibilidade, alguma "cautela" e, por fim, acaba bem!