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Estas férias têm sido cinzentas e geladas. As condições metereológicas convidam a ficar em casa com o aquecimento ligado. Caso se saia à rua o melhor é ir bem agasalhado. No Norte tem nevado abundantemente e, mesmo aqui, em Almada, não seria de espantar se caíssem um flocozitos de neve, como quem não quer a coisa.
Os festejos carnavalescos têm sofrido com este estado do tempo. É que, nos últimos anos, temos assistido a uma crescente influência do Carnaval brasileiro por esse Portugal acima e abaixo. Vai daí tornou-se moda incluir escolas de samba nos desfiles mais badalados. Como toda a gente sabe, samba convida a pouca roupa no corpo e muita alegria nos pés. Coisa de clima tropical que, como é bom de ver, não se compadece com a massa de ar polar que anda a pairar aqui por estas bandas. É o que dá querer forçar a Natureza.
O Carnaval brasileiro é uma adaptação da festa do Entrudo que se pratica desde os tempos medievais e está directamente relacionado com a Quaresma. A Quaresma é um período de tempo que faz parte do calendário religioso cristão e exige dos crentes uma profunda reflexão acompanhada da prática de jejum como modo de preparação para a celebração da Páscoa. É por esta razão que o Entrudo é um período de folguedo e desvario completo, três dias de excessos variados durante os quais as pessoas fazem coisas pouco usuais.
A imagem que ilustra este post é uma pintura de Pieter Bruegel, o Velho, intitulada "Batalha entre o Carnaval e a Quaresma" que pode servir para mostrar de forma caricatural o contraste entre os excessos do Entrudo (vindo do lado esquerdo) e a contenção da Quaresma (avançando da nossa direita).
Resumindo e concluindo; o Entrudo não precisa que o sol brilhe, nem isso é normal em pleno mês de Fevereiro que, na Europa, significa Inverno rigoroso, já o Carnaval brasileiro decorre em pleno Verão e celebra de forma esfuziante a alegria de viver num país tropical.
Seja como for, vale pelos três diazinhos de férias. Bom Carnaval!
RS
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