terça-feira, 31 de março de 2009

Tragédia da Ponte das Barcas

Painel de azulejos no Café Novo, Rua da Lapa, Porto, representando a Ponte das Barcas num dia banal, sem soldados franceses por perto.


29 de Março de 1809


A Tomada do Porto e o desastre da ponte das barcas



O mês de Março de 1809 não se apresentou solarengo como o deste ano. Além disso, os Portugueses de então não tinham tempo para desfrutar dos prazeres da Primavera. Os Franceses estavam de regresso, para se desforrarem da derrota sofrida pelo aventureiro que era Junot e pelo seu exército. Napoleão não desistira de conquistar o pequeno país da ponta da Europa que o afrontava desde que decretara o Bloqueio Continental.
Desta vez os Franceses vieram da Galiza e eram chefiados por Nicolau Soult, a quem Napoleão chamou um dia “o melhor manobrador da Europa”. Depois de uma tentativa gorada para atravessar o rio Minho, Soult acabou por entrar em Portugal por Chaves, conquistou Braga e avançou direito ao Porto. Nesta cidade o bispo D. António de Castro tentou organizar a defesa. Contava com cerca de vinte mil homens dos quais poucos eram de facto soldados.
Os invasores chegaram a 27 de Março. Após um reconhecimento, enviaram parlamentários para intimar o bispo da cidade a render-se mas a turba enraivecida assassinou-os brutalmente. A partir daí falariam as armas e o mais forte ganharia.
No final do dia 28 de Março sentia-se a tensão nas ruas do Porto. Adivinhava-se o assalto francês a qualquer momento. Nessa noite, um violento temporal abateu-se sobre a cidade, como que anunciando uma outra tempestade, esta causada pelos homens. Os sinos tocaram a rebate, as igrejas encheram-se de fiéis mas o milagre não aconteceu. Às cinco da manhã a artilharia francesa abriu fogo e às seis a infantaria pôs-se em marcha. Não lhe foi difícil vencer a resistência inimiga. Um breve combate e os Portugueses dispersaram. O pânico espalhou-se por todo o lado e civis e militares precipitaram-se para a Ponte das Barcas que ligava a cidade a Vila Nova de Gaia.
Face à triste fama de que o Exército Francês usufruía por essa altura em Portugal – aliás merecida pelos massacres de Évora e da Guarda, entre outros –, a população, ao ouvir o tiro do canhão cada vez mais perto, só pensava em fugir. Milhares de homens, mulheres e crianças empurraram-se nos estreitos acessos da ponte impelidos pelo medo. Para sua desgraça, o brigadeiro Vaz Pereira dera já ordens para retirar as pranchas do pontão central para que os Franceses não pudessem atravessar o Douro. Ao verem a multidão que afluía à ponte, os militares interromperam a operação mas a largura do tabuleiro reduzira-se já bastante. Cúmulo da infelicidade; os canhões portugueses colocados na Serra do Pilar, na margem sul do rio, que deviam precisamente proteger a ponte, abriram fogo varrendo o tabuleiro selvaticamente. Podemos imaginar o pânico dos infelizes que se empurravam uns aos outros para chegarem a terra. Muitos caíram às águas geladas e morreram. Outros voltaram para trás, onde encontraram os Franceses.
Entretanto, no Porto, os combates continuaram por mais algumas horas, debaixo de chuva, com os Franceses a terem de silenciar pelas armas várias bolsas de resistência. No Paço do Bispo, duzentos membros da Companhia de Eclesiásticos do Porto bateram-se até ao fim. Os últimos foram passados a fio de espada pelos vencedores.
Ao fim da tarde Soult entrou na cidade e não quis - ou não pôde - evitar o saque. Roubos, espancamentos, violações, assassinatos, era disto que fugiam os infortunados da Ponte das Barcas. Muitos não tiveram a sorte de escapar. No dia 1 de Abril estava tudo terminado. Soult tinha agora mais com que se ocupar. Começou a cismar em tornar-se rei da Lusitânia Setentrional (prevista no Tratado de Fontainebleau). Essa atitude valeu-lhe a alcunha de rei Nicolau. É justo dizer que Soult precisava de assegurar as comunicações com a Galiza e arranjar abastecimentos antes de marchar para Lisboa.
Seja como for, Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington e comandante das forças anglo-lusas, é que não esteve pelos ajustes. Enquanto Soult planeava e voltava a planear, Wellesley trouxe o seu exército rapidamente para o Norte e apanhou os Franceses de surpresa. O Porto foi libertado no dia 12 de Maio. Não mais cairia em mãos francesas. Wellesley será doravante o Douro para muitos soldados portugueses. Quanto a Soult, retirou precipitadamente para a Galiza onde chegou sem cinco mil e setecentos dos vinte e quatro mil homens que constituíam o seu exército. Era o segundo general francês a perder a reputação às mãos de Wellesley. Outros se seguiriam. Em breve a Península Ibérica se tornaria um lugar maldito para Exército Francês. Como diziam os seus soldados, “Espanha, [e Portugal também] tesouro dos generais, ruína dos oficiais e túmulo dos soldados.”





Professor Orlando Lourenço

segunda-feira, 30 de março de 2009

Petição online

cartoon de Luís Veloso que pode encontrar-se aqui


Educação

O presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Darque, Viana do Castelo, lançou esta semana uma petição por alterações legislativas que responsabilizem «efectivamente» os pais nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar:


«A legislação tem que criar mecanismos administrativos e judiciais, desburocratizados, efectivos e atempados de responsabilização dos pais e encarregados de educação em casos de indisciplina escolar, absentismo e abandono, modificando a lei que consagra o Estatuto do Aluno e outras leis conexas», disse à Lusa Luís Braga, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Darque e autor do texto.


Este professor de história escreveu um texto a que chamou 'Petição pela responsabilização efectiva das famílias nos casos de absentismo, abandono e indisciplina escolar', disponível em:
www.peticao.com.pt/responsabilizacao
Em dois dias, recolheu cerca de 500 assinaturas.


O objectivo é reunir quatro mil para «obrigar» a Assembleia da República a discutir a questão em plenário. «Na prática, o que defendo é que os encarregados de educação têm de ser responsabilizados pela educação ou não educação dos alunos», disse o docente. «Os mecanismos criados devem traduzir-se em medidas sancionatórias às famílias negligentes, como multas, retirada de prestações sociais e, no limite, efeitos sobre o exercício das responsabilidades parentais, como é próprio de uma situação que afecta direitos fundamentais de pessoas dependentes», salienta a moção.


«Actualmente, a única coisa que um professor pode fazer se um aluno faltar sucessivamente é um teste de recuperação para avaliar as dificuldades da criança e isto não é nada», disse Luís Braga.


A petição colheu já assinaturas de pessoas que, para além do nome, escrevem diversos comentários. «Sou mãe e exijo que os meus direitos sejam assegurados» e «a educação passa pela família», são alguns dos ‘recados’ deixados pelos peticionários.


«No momento presente, as faltas e actos de indisciplina são pouco eficazmente sancionados, tendo-se optado por medidas de tipo pedagógico, com fortes entraves burocráticos e com pouca eficácia junto dos agentes dos actos em causa», refere a petição.


Lusa



O JA'' concorda em absoluto com os termos em que esta petição é apresentada. O actual Estatuto do Aluno é um atentado contra o funcionamento harmonioso das escolas por esse país fora. Por mais que nos queiram convencer das suas qualidades, à medida que nos vamos confrontando com a aplicação prática de mais esta invenção pedagógica, constatamos que não funciona de maneira nenhuma e apenas gera mais confusão para o trabalho dos professores e maior impunidade para os alunos que não cumprem regras mínimas de assiduidade e pontualidade.

Estamos atafulhados em papéis e provas de recuperação, criadas para quem as não merece. O Ministério da Educação continua a forçar as regras com o único objectivo de permitir que alunos desinteressados e incapazes de cumprir os regulamentos internos das escolas, possam passar de ano com total impunidade, sendo premiados pelo incumprimento das regras básicas de funcionamento de uma escola. Esta é uma imagem fiel do ambiente geral de laxismo e falta de princípios éticos que alastram pelo país como um vírus. As estatísticas governam a educação em Portugal.

Pressionar os nossos deputados para que abram os olhos e vejam os problemas que verdadeiramente nos interessam é um acto de cidadania. Um acto básico e imprescindível para que possamos continuar a acreditar que o sistema democrático funciona.

Por tudo isto e muito mais, o JA'' exorta os seus leitores a seguirem esta hiperligação que dá acesso à referida petição online. Repito, assinar esta petição é um acto de cidadania (quando o autor deste post assinou já havia mais de cinco mil assinaturas).
RS
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sábado, 28 de março de 2009

O coelho dos ovos


Entre todas as personagens que povoam o nosso imaginário colectivo há uma que, pela sua estranheza, sempre me deixou intrigado. Falo do coelhinho da Páscoa. A estranheza vem da relação entre o coelho e os ovos que, segundo uma tradição pouco clara, ele deixa por aí, à espera de quem os recolha. De onde vem esta relação anti-natura?

Procurando no Google (esse oráculo extraordinário) encontram-se referências não muito claras quanto à origem de tão estranha personagem.

A que parece mais lógica, ainda assim, é a de uma lenda que conta a história de uma mulher muito pobre, que não tinha presentes para oferecer aos filhos no domingo de Páscoa. A mulher cozinhou alguns ovos de galinha que depois pintou. Dotada de grande imaginação, teve a ideia de colocar os ovos dentro de um ninho que escondeu no quintal, entre as ervas. Quando as crianças encontraram os ovos, um coelho apareceu por perto e fugiu; as crianças acreditaram que o coelho havia posto aqueles ovos coloridos. Assim terá surgido esta crença que depois se propagou até aos nossos dias. Hoje os ovos são de chocolate e fazem parte de uma tradição comercial que a maioria das pessoas respeita quase religiosamente.

Podia ter aparecido às crianças um cão ou um gato, qualquer coisa assim, e hoje teríamos outro tipo de bicharoco a dar este toque surreal ao nosso imaginário infantil. A credulidade humana não tem limites e alguns adultos terão estado na origem de crenças bem mais bizarras do que esta mas que, com o tempo, se transformaram em factos reais. Faz parte da nossa condição.

Seja como for, o coelhinho da Páscoa, é uma daquelas figuras abstrusas que povoam o nosso universo consumista e que aceitamos com alguma indiferença, sem questionar a sua origem, tal como fazemos com o Pai Natal vermelhusco ou os monstrecos do Halloween.

O JA'' deseja boas férias a todos os leitores e muitos ovinhos de chocolate e amêndoas e essas coisas todas.


RS

quinta-feira, 26 de março de 2009

Bolt


Bolt é a última animação dos estúdios Disney. Um filme tecnicamente espectacular com um argumento... nem por isso. Quero dizer, as personagens e o ponto de partida do filme têm um grande potencial mas o desenvolvimento da narrativa vai-se encarregando de colocar tudo nos lugares habituais. No fim, acontece exactamente aquilo que o espectador estava à espera que acontecesse. Booooring! Já todos nós vimos aquele filme noutro filme qualquer. No entanto isso não deverá afastar os olhos do espectador de um objecto tecnicamente tão extraordinário.

Digamos que estamos perante uma animação cuja forma é assombrosa mas com um conteúdo de pacotilha. Assim sendo, importa considerar se uma coisa compensa a outra. A opinião do JA'' é que, no fim de contas, a excelência das imagens compensa largamente a banalidade da história. O costume nas Walt Disney Productions dos últimos anos.
RS

segunda-feira, 23 de março de 2009

Registo/memória

Imagens recolhidas da exposição de trabalhos do Projecto Daphnia dos alunos do 12º A e B , que decorreu no Fórum Romeu Correia de 4 a 7 de Março, no âmbito da Mostra do Ensino Superior - Exposição "Ensino Secundário Projectos Inovadores, Construir o Futuro"- Sala Pablo Neruda.



Texto e fotos enviadas pelas equipa responsável pelo Projecto Daphnia na nossa escola


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sexta-feira, 20 de março de 2009

Batem leve, levemente...



No dia 19 de Março durante toda a manhã, a turma de teatro do 9ºF (com alunos da Prof.Fátima Pinto, em colaboração com a Prof. de Português Gabriela Machado e a Biblioteca) dinamizou na nossa Escola a actividade: "A Poesia Bate à Porta ".
Foram momentos de poesia dramatizada de vários autores, que muito agradaram às turmas visitadas nas respectivas salas de aula (12ºF,12ºH,12ºB,12ºE,10ºC e 9ºG).
A actividade foi também apresentada na Sala dos Professores e na sala do Conselho Executivo, onde a turma foi muito bem recebida e aplaudida.



Nas salas de aula...


... no Conselho Executivo...


... e na Sala dos Professores.


notícia e fotos enviadas por e-mail pela Professora Fátima Pinto

quarta-feira, 18 de março de 2009

Persépolis




Persépolis é um filme de animação surpreendente. Produzido e realizado em 2007 conta a história de Marjane Satrapi, uma rapariga iraniana de 8 anos, que sonha um dia tornar-se uma profetisa para, muito simplesmente, salvar o mundo.

Marjane e a família acompanham os acontecimentos que levam à queda do Xá Reza Pahlevi no ano de 1979. É aí que entra em cena o Ayatolah Khomeini, dando início à revolução que conduzirá o Irão à actual República Islâmica, que controla as pessoas ao ponto de determinar como estas se devem vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja, entre outras coisas, obrigada a usar véu, o que a incentiva a tornar-se uma revolucionária.

A narrativa é de uma fluência assinalável , com momentos de um humor desarmante pela sua simplicidade. As diferentes personagens têm uma caracterização muito interessante que lhes confere uma solidez porventura inesperada.

O espectador acaba por tomar contacto com um delirante quotidiano iraniano durante a época revolucionária, através dos olhos de Marjane que vai crescendo à medida que a narrativa avança.

A técnica de animação joga num preto e branco plano e bidimensional, acentuado por cinzentos levemente texturados, o que confere uma grande frescura às imagens.

Enfim, vou parar de elogiar o filme ou ainda vão pensar que estou a exagerar (e não estou!). O melhor mesmo é procurar a edição em DVD e passar 95 minutos bem agradáveis.

RS


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terça-feira, 17 de março de 2009

Dia Mundial da Poesia

A Condição Humana, pintura de René Magritte

Todo o tempo é de poesia
Desde a arrumação do caos
À confusão da harmonia.

António Gedeão


Comemora-se no próximo Sábado, 21 de Março, o Dia Mundial da Poesia.

A nossa Escola assinala a efeméride com um conjunto variado de actividades que irão desenrolar-se a partir de amanhã, 18 de Março.


ACTIVIDADES


· Leituras poéticas para as turmas de 5º ano (dias 18, 19, 24)
· A Poesia bate à porta
- afixação de poemas nas portas das sala de aulas
- Leituras dramatizadas – dinamizadas pela turma 9º F (salas
de aula; sala de professores)
· Montra de Poesia (espólio da Biblioteca)
· A mesa dos poetas
· Exposição de poemas ilustrados

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Nota: este é o post nº 100 do JA'' online

segunda-feira, 16 de março de 2009

Grande festa!!!


Foi na passada 2ª feira, 9 de Março, que se comemorou na nossa Escola o (dia a seguir ao) Dia Internacional da Mulher. À hora marcada, 13.33 em ponto, uma pequena multidão respondeu ao convite dos alunos do 9ºE.
O sexo feminino estava em nítida maioria (a festa era-lhe dedicada) mas foi um friso de rapazes que abriu o espectáculo. Ao cimo das escadas, dominando o horizonte com elegância masculina, (fotos acima) cantaram um tema em jeito de dedicatória (ajudados pela aparelhagem da Rádio). Lá em baixo sentia-se uma extraordinária energia positiva que borbulhava à espera do momento oportuno para se soltar. Durante a semana muito se tinha ensaiado, "abanar o joelho direito, braços para baixo ao longo do corpo"; em pequenos grupos, "braço direito esticado a apontar, corpo virado para a esquerda, abanar joelhos,..." sozinhas; em frente ao espelho "...palma e salto"; as nossas colegas, alunas, professoras, auxiliares educativas, é difícil precisar quem estava ali, naquela pequena multidão esfusiante, ensaiaram os passos a partir de uma folhinha mágica distribuída pelo Professor Paulo Vieira.
Quando soaram os primeiros acordes de "Dancing Queen", o tema dos Abba que serviu de mote à dança colectiva, a energia soltou-se e torna-se difícil descrever o que aconteceu a partir desse momento. Foi como se o Carnaval se tivesse misturado no Natal, com uns pozinhos de festa de Passagem de Ano.
No final todos os presentes irromperam num aplauso estrondoso. Havia no ar um misto de alegria e surpresa pela forma como tudo se passara naqueles 9 minutos. Uma verdadeira celebração colectiva, uma festa!!!

RS

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sexta-feira, 13 de março de 2009


Uma Escola diferente… Daphnia magna está presente!


Divulgámos:
· na sala de aula
· na sala dos professores
· na vitrine de entrada da escola
· no local onde a dáfnia “mora”- Bloco 5
· noutros espaços da escola


Providenciámos a sua instalação:

· construindo uma câmara de cultura
· mantendo e multiplicando as culturas de dáfnias
· mantendo e multiplicando as culturas de algas (seu alimento)


O que realizámos:

· utilizando as dáfnias como modelo científico testámos diversas substâncias psicoactivas
· observámos o ritmo cardíaco e registámos as suas alterações
· recolhemos e tratámos os resultados
· tirámos ilações sobre o efeito das drogas no nosso organismo



Brevemente haverá mais notícias no JA'' online

A equipa de trabalho

segunda-feira, 9 de março de 2009

Tempos passados

ilustração, litografia de Honoré Daumier realizada em 1846

A Educação em 1826
Regras de uma Escola Primária

Na busca incessante pela excelência, um professor da escola primária de Guardão, elaborou, em Novembro de 1826, um regulamento a ser escrupulosamente seguido pelos seus discípulos. Eis alguns dos artigos que compunham essa preciosidade.

«Artigo 1º. As horas de abrir a escola são no Verão de manhã às 7 e de tarde às 3; e no Inverno de manhã às 8 e de tarde às 2; todo o estudante que exceda este tempo sem legítima escusa, tem de pena 2 palmatoadas.
2º. Os que vierem antes daquele tempo nunca aproximarão à escola sem que o professor dê sinal de que são chegadas as horas para nela deverem entrar; e se fora estiverem fazendo gritarias, algazarras ou outras acções indignas, que mostrem o pouco respeito que têm ao mestre, o qual devem supor que os está ouvindo e vigiando, e que também não receiam o castigo, o terão de 3 palmatoadas.
3º. Quando entrarem na escola, ou sairem dela, o farão 2 a 2, e nunca de montão nem encontrando-se uns aos outros; ao primeiro passo que puserem dentro dela dirão em voz que bem se ouça, seja com a cabeça descoberta e o chapéu na mão direita caído pela perna do mesmo lado – Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo – (...) o que faltar a isto tem a pena de 2 palmatoadas.
12º. Determino que sejam corteses para toda a gente, tirando-lhes os seus chapéus ainda mesmo que lhos não tirem; (...) o dos meus discípulos que assim não praticar, tem a pena por qualquer vez de 4 palmatoadas.
21º. Espirrando o mestre, todos se erguerão dizendo – Viva – e se assentarão ao responder ele – Obrigado –; e se for algum condiscípulo, os mais dirão o mesmo, porém assentados, e lhes responderá o que espirrou – Obrigado – e para o mestre – Muito obrigado –, pondo-se de pé imediatamente; o que assim não fizer tem a pena de 2 palmatoadas.
23º. Não lhes é permitido bocejar, espreguiçar-se, nem estarem-se arranhando indecentemente com todas as unhas, na cabeça ou noutras partes do corpo; por serem acções estas que podem deixar de fazer-se sem prejudicar a saúde, e que pelo tempo adiante se tornam viciosas, além de serem nojentas e pecaminosas no meio de uma sociedade bem educada; a quem igualmente escandaliza e ofende muito meter a mão na braguilha ou outras partes desonestas. Todo o meu discípulo deve evitar estes defeitos e, não o fazendo, tem por cada vez a pena de 2 palmatoadas.
24º. Quando lhes abrir a boca involuntariamente, por ser isto uma acção que não pode obstar-se, acudirão logo a cobri-la com a palma da mão que estiver desocupada, para assim encobrirem o que esta acção tem de nojenta e feia; o que assim não fizer tem a pena, por cada vez, de 2 palmatoadas.
25º. Escarrarão brandamente entre os pés, e com estes, sem fazer grande estrondo, esfregarão os escarros de modo que nada se veja deles, o que assim não praticar, tem a pena de 2 palmatoadas.
27º. O que faltar a alguma lição, ainda que seja com justa causa, não trazendo escrito ou pessoa que o desculpe, tem, além da responsabilidade de sempre o trazer, a pena de 4 palmatoadas.
28º. Todo aquele, que depois de um ou mais dias feriados não souber bem as suas lições, ou que na repetição delas não der conta de si exactamente, tem a pena de 4 palmatoadas.”

Os alunos cujos olhos encontrem este regulamento concordarão que, apesar de tudo, nós, os professores do terceiro milénio (soa bem não soa?), somos uns porreiros. Aos professores que tiverem a paciência de ler estas linhas, enfim, não se sintam mal se quase...quase, sentirem uma invejazinha do tempo em que reinavam as palmatoadas.

Professor Orlando Lourenço
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sexta-feira, 6 de março de 2009

A estrada do baile

clicar na imagem para ampliar


Olah!

Bem peço desculpa ser só agora mas hoje o dia tem sido tramado!

Para os que pediram e mesmo para os que não pediram aqui está o mapa, a ver se não se perdem a caminho do baile!
Para os mais cocos... o ponto A é o Centro sul e o ponto B é a Quinta do Mira-Tejo...


:p


Beijocas***

O JA'' recebeu esta informação por e-mail enviado pela Mafalda Salgueiro do 12ºF. Os mais "cocos" já perceberam onde ficam os pontos A e B mas, ainda assim, é conveniente ampliarem o mapa no image viewer ou outra coisa do género, se quiserem tentar perceber os nominhos das localidades. Assim como assim e apesar de tudo, quem quiser ir até ao local do baile deve lembrar-se que todos os caminhos vão dar a Roma. Por isso... atenção, não se percam!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Montra de livros de Março



A montra de livros, nas próximas 3 semanas, vai ser alusiva ao Ambiente.

O objectivo desta iniciativa é a divulgação de obras subordinadas a diversas áreas temáticas.Os livros podem ser adquiridos com 10% de desconto.

Janeiro - Ciência e Saúde
Fevereiro - Literatura
Março - Ambiente
Abril - História
Maio - Arte

terça-feira, 3 de março de 2009

Convite-Exposição!!! (atenção às datas)


Convite

Convidamos os professores, funcionários, alunos e encarregados de educação a visitarem a exposição com os trabalhos desenvolvidos pelos alunos do 12º A e B da Escola Secundária Anselmo de Andrade no âmbito do Projecto Dáfnia (ver aqui) . Estes trabalhos estarão expostos no Fórum Romeu Correia - Ensino Secundário, Projectos Inovadores, Construir o Futuro - na sala Pablo Neruda de 4 a 7 de Março.
informação recebida por e-mail enviado pela professora Filomena Sousa

À atenção das mulheres (e dos homens)


A turma E do 9º ano de escolaridade convida todas as alunas, professoras e funcionárias da Escola para a
Comemoração do (dia a seguir ao) Dia Internacional da Mulher,
a 9 de Março às 13.33h em ponto, em frente ao bloco 1 .
Estejam lá todas!!!
P.S. Tragam roupa alegre
Obrigado e Divirtam-se

prof responsável Paulo Vieira