domingo, 9 de janeiro de 2011
Revolução permanente
Em 2011 será tempo de dizermos adeus à disciplina de Área de Projecto no 12º ano e tempo de nos prepararmos para dizer olá à disciplina de Formação Cívica, a chegar para o 10º ano de escolaridade obrigatória (ler aqui).
Uns dizem que o ministério não consegue parar quieto e que tem de estar sempre a mexer em coisas que mal tiveram tempo para assentar, outros são de opinião que é necessário ter a coragem de reconhecer quando as coisas, na prática, não resultam como haviam sido imaginadas em teoria e mudá-las sem hesitação.
Nos últimos 36 anos muitas têm sido as trocas e baldrocas nos currículos do básico e do secundário. Há disciplinas que vêm e vão sem quase darmos por elas, estatutos que oram são uma coisa ora são outra, completamente diferente, avaliações de professores que não chegam a ser coisa nenhuma. Exames sim, exames não, ministros com ideias, outros nem por isso, situações aberrantes, outras que nos inundam da mais infundada esperança. Vivemos uma crise permanente na educação em Portugal e, ao que tudo indica, a crise continua.
A mudança é desejável num sentido evolutivo. As coisas dificilmente atingem um estado de perfeição tal que se tornem eternas mas... a mudança, ainda para mais num campo sensível como o da educação, terá de ser o resultado de um processo de reflexão, sujeita a análise e experimentação, antes de ser implementada. Caso contrário trata-se de revolução, pura e simples. Talvez o ministério da educação seja o mais revolucionário dos órgãos de poder público do nosso país (e do mundo?) e ainda não se tenha apercebido disso. Vivemos uma constante revoluçãozinha feita aos bochechos e continuamos à espera de perceber o que se pretende com ela.
RS
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