quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os jovens e a política


II

Neste ensaio debate-se o problema da necessidade de os jovens se interessarem pela política. É bastante importante que os jovens não estejam alheios às questões relacionadas com a política. É necessário cativar o interesse dos mais novos para as questões relacionadas com a política. O desinteresse dos jovens pode vir a comprometer o futuro do nosso país.
É nítido o desinteresse dos mais novos pela política e isto deve-se, principalmente, à falta de incentivo tanto pelos pais como pelos professores. Os jovens são a próxima geração, são os que vão, futuramente, intervir nas decisões políticas, como as votações. Se os jovens não adquirem espírito crítico e interesse pela política como irão votar sem serem influenciados pelos discursos enganadores e manipulações dos políticos? Eventuais posições em confronto defendem que os jovens são constantemente bombardeados por assuntos relacionados com a política através da televisão, dos jornais e de todos os outros meios de comunicação. Defendem que o interesse pela política vai-se adquirindo, uns jovens mais cedo que outros.
Defende-se então que o interesse dos mais novos pela política é muito importante e que a melhor forma de promover este interesse seria através da escola, incorporando assuntos relacionados com a política nos programas escolares. Há três razões para se pensar que esta medida seria a mais indicada.
Primeiramente para haver interesse e gosto pela política é necessário conhecer a área. Em segundo lugar os interesses adquirem-se segundo a nossa educação e o meio em que vivemos. Se a política fizesse parte da educação e houvesse incentivo em conhecer a área o desinteresse dos mais novos não seria tão elevado. Por fim, se os jovens tivessem o espírito crítico mais activo poderia ser uma forma de futuramente haver um desenvolvimento político, como também económico e social do nosso país.
Posições em confronto defendem que os programas escolares são muito extensos, os professores têm já dificuldade em cumprir a totalidade dos programas e seria prejudicial para os alunos terem matérias acrescentadas, uma vez que, são avaliados a partir de testes e exames. É possível conciliar os extensos programas escolares com a política nas escolas. Por exemplo, as visitas de estudo organizadas pelas escolas ou as aulas mais lúdicas, como visionamento de filmes, poderiam cativar e informar os alunos de questões relacionadas com a política.
O desinteresse dos mais jovens é preocupante. É necessário cativar o interesse pela política e despertar o espírito crítico dos mais novos sendo a forma mais viável incluir assuntos sobre a politica nos programas escolares uma vez que jovens passam muito tempo nas escolas.
Catarina Nunes, 11º B, outubro/2010

III- comentário

(…) Está comprovado que os jovens têm não só um baixo nível de interesse pela política mas também um reduzido nível de conhecimentos sobre a mesma área, no entanto, esta situação não é adequada numa sociedade democrática amadurecida (…) existe realmente uma porção da comunidade jovem que se interessa e envolve na política, compreendendo os seus problemas. Vê-se o exemplo do Parlamento dos Jovens, onde os mesmo avaliam e defendem argumentos de forma crítica desenvolvendo as suas capacidades sociais, que serão certamente importantes no seu futuro profissional e também como parte do eleitorado.
Assim, estou em crer que o interesse dos jovens pela política é uma necessidade das sociedades democráticas e deveria ser incentivado, dado que os jovens de hoje representam o futuro dos países. Se estes não estiverem informados sobre o funcionamento da política, não poderão avaliar criticamente os argumentos dos que os tentam persuadir nem conseguirão defender as posições em que acreditam, não conseguirão argumentar. Visto que a argumentação é a base da democracia, esta falha nos jovens poderá levar a consequências desastrosas no futuro.”

Marta Herculano 11º A, excerto de ensaio

IV- DEBATE

No dia 6/10/10 foi realizado um debate para reflectir um tema actual “Os Jovens e a Política”. Nesse debate, em formato de Parlamento dos Jovens, participaram dois partidos, A e B. Ambos reflectiram as causas da pouca adesão dos jovens à vida política e, por conseguinte, apresentaram algumas propostas para mudar esse facto.

O partido A começou o debate de uma forma pouco organizada, apesar disso, revelou que a falta de informação sobre a área bem como a inexistência de formação sobre a mesma eram umas das causas principais, mas não só, realçou também a desconfiança que os jovens têm em relação às falsas promessas feitas pelos partidos durante as campanhas políticas e à sua má divulgação.
Do outro lado da bancada, tivemos um partido B bastante organizado, com as ideias bem estruturadas e definidas. Tendo feito uma breve introdução referiu que a população tem uma má imagem da política portuguesa e apesar de haver uma falta de adesão dos jovens na política eles conseguem ser mais optimistas que as outras faixas etárias, E, por fim, que a maioria dos jovens que adere à política é do sexo masculino, mais à direita, informando-se maioritariamente a partir da televisão. ( documento do Centro de Sondagens, UCP, de 2008)
De seguida expuseram-se as causas:
-os jovens têm pouco interesse pela política devido ao desconhecimento que têm pelo assunto pelo facto de os políticos usarem uma linguagem complexa destinada a adultos; à fraca crença dos adultos nos políticos que transmitem essa mesma falta de confiança para os seus filhos. Para além disto, considerou a sociedade como uma das causas do que leva os jovens a afastarem-se, mostrou o seu desagrado pelo facto da comunicação social apenas expor a parte negativa da política, o que a leva a ser mal vista e mal interpretada. Também considerou os actuais jovens como egoístas que só se preocupam com os seus problemas logo, leva-os apenas a manifestar-se por algo do seu interesse directo. E, por fim, criticou ainda a variedade de meios de entretenimento que leva os jovens a não se preocuparem com temas sérios.
Verificámos que ambos os partidos tinham algumas ideias iguais mas expostas de formas diferentes. De seguida, debateram-se algumas propostas para chamar a atenção dos jovens para a política:
O partido A, mais uma vez de uma forma pouco explícita, propôs uma maior divulgação especializada, a criação de uma nova disciplina que forme os jovens para a área política; apelou a uma maior veracidade nos discursos políticos e, de uma forma algo vaga, apelou à alteração dos comportamentos da sociedade, apesar de não ter sido apresentada como uma das causas.
O partido B continuou com a sua excelente organização e de forma fácil de entender propôs a introdução da Política na disciplina de Formação Cívica, uma maior publicidade partidária, a realização de actividades partidárias interactivas que cativassem os jovens, a criação de um semanário dirigido aos jovens. E ainda que os partidos reflectissem mais os problemas dos jovens, realizarem parcerias com ONG´s, utilizarem novas tecnologias para que fosse mais fácil chegar aos jovens.
Durante todo o debate, assistimos a alguns confrontos entre deputados, quanto às causas identificadas mas a maioria das trocas de ideias baseou-se na parte relativas às propostas.
No final, procedeu-se à votação na generalidade. Provou-se que o partido B esteve melhor durante todo o debate, uma vez que, as suas propostas foram aprovadas pela maioria dos deputados.

Mariana e Diogo 11º D

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