O ateliê de artes vai concretizar mais um colóquio do nosso projeto de marcar encontros para se discutirem mais de perto assuntos relacionados com as artes.
Desta vez propomos uma conversa sobre a revista/movimento "Camerawork" liderada pelo fotógrafo Alfred Stieglitz de 1903 a 1917. Estava-se no tempo de desenvolvimento da Arte Nova e a preocupação era encarar a fotografia como constituindo uma área de atuação artística de pleno direito, em confronto com os que (fotógrafos inclusive) a consideravam apenas como um mero procedimento técnico. Para Stieglitz, por exemplo, a variação de cinzentos numa foto adquiria uma vibração cromática idêntica à da cor na pintura. Estamos no início da fotografia moderna, afirmando-se através da exploração dos artefactos e procedimentos técnicos dum meio especifico, mas com capacidades de construir imagens intencionais e com capacidade simbólica e estética. Não era já o tempo em que um procedimento técnico procurava imitar as práticas da pintura na construção de imagens "artísticas", através das poses de modelos em composições imitando as telas, da tintagem e tal e tal.
As armas de Stieglitz: uma revista com grafia cuidada e moderna, a qualidade exemplar das reproduções das imagens, uma galeria para divulgar os trabalhos e a ligação a artistas de outras áreas, como complemento e contraponto.
É isto que vamos debater na 20 de janeiro, 6ª feira, às 21h, na sala do R/C do Museu da Cidade.
O moderador é o Paulo Nunes, que tem uma máquina fotográfica e gosta do tema o suficiente para o ter estudado.
(cartaz de Paulo Nunes e fotos retiradas da net)
Luís Miranda
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