Ainda estaremos todos recordados do rocambolesco processo que nos trouxe à actual encruzilhada onde nos encontramos. Hoje somos Sede de Agrupamento Vertical de Escolas, temos turmas do 5º ano de escolaridade e andamos à procura de uma identidade perdida.
Esta "prenda" que nos foi oferecida contra a vontade da esmagadora maioria dos que compõem a nossa Comunidade Educativa, veio lançar a Anselmo num processo confuso e desestabilizador das habituais práticas pedagógicas que nos haviam conduzido a um patamar de qualidade que servia para ajeitar o ego a muitos de nós e nos ia fornecendo o alento necessário para continuarmos a trabalhar de acordo com os nossos padrões.
Para os mais distraídos ou menos motivados, o JA'' propõe a consulta dos resultados da inspecção realizada na Anselmo pela IGE- Inspecção Geral de Educação (ver em http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.ige.min-edu.pt/_PT/) faz agora um ano. As conclusões do Relatório dessa inspecção (que, recorde-se, foi solicitada pela nossa escola) são um bálsamo para o desânimo que por aí anda.
Fraca consolação, dirão os colegas, perfeitamente de acordo. Mesmo assim importa atentar no capítulo das Considerações Finais onde se referem os "Constrangimentos a ser resolvidos" ,passo a citar: "a introdução de outros ciclos da educação básica, para os quais a Escola não tem demonstrado especial vocação, com a consequente alteração da tipologia de Escola, pode constituir um risco de perda de identidade".
Isto mostra como o trabalho dos inspectores foi recebido e tido em consideração pelos que decidiram que, agora, a nossa Escola é a Escola não-sei-quantos-e-não-sei-que-mais Anselmo de Andrade.
Enfim, tal comoPortugal vive sempre à espera da tal manhã de nevoeiro, saudoso de uma época passada em que alimentou insaciáveis sonhos de grandeza, também nós poderemos evocar saudosamente os tempos em que fomos a melhor Escola Secundária da Cidade e uma das melhores do Distrito de Setúbal. Sempre temos este Relatório da IGE como prova daqueles tempos áureos para mostrar a quem quiser ver que o prémio pela dedicação ao trabalho nem sempre é aquele que se imagina o mais ajustado.
RS
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