terça-feira, 25 de março de 2008

Uma perspectiva (talvez mesmo duas)

O vídeo que se segue foi retirado dos vídeos SAPO e é acompanhado da seguinte
DESCRIÇÃO: Alvin e Heidi Toffler são dois dos ensaístas mais respeitados do mundo. Em conferência de imprensa explicaram que o sistema de ensino actual está obsoleto.
O JA'' convida-te a disponibilizar 6 minutos e mais alguns segundos para ouvires o que estes dois respeitáveis anciãos têm para te dizer. Desfruta e aproveita.




RS por indicação de LM

As Horas

O JA'' propõe uma reflexão a todos os interessados.
Já lá vão uns anitos desde que a maioria das aulas passaram a ter duração de 90 minutos. Não importa o ano de escolaridade, não interessa qual a disciplina. É irrelevante se a aula é de substituição ou se é "dada" na Oficina Pedagógica. É uma espécie de pronto-a-vestir com número único para todos os clientes; gordos, magros, altos ou muito baixos.
A experiência é a melhor das conselheiras e o JA'' apela a essa experiência para tentar encontrar pistas que permitam à Escola decidir melhor sobre o que é mais interessante para a comunidade escolar.

A primeira questão que se coloca é esta: as aulas de 90 minutos são produtivas?

Alunos, professores, pessoal auxiliar, pais, todos nós teremos opiniões fundamentadas sobre o assunto. Fica a proposta de que deixem aí em baixo os vossos comentários e as vossas sugestões.

RS

sábado, 8 de março de 2008

Manifestação



A manifestação que teve lugar esta tarde em Lisboa contou com a participação de, aproximadamente, 100 mil professores. Vindos de todos os cantos do país, os manifestantes mostraram total desacordo com a actual política para a educação conduzida pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues e respectivos secretários de estado.
A dimensão da manifestação vem complicar a aplicação das medidas impostas pela 5 de Outubro. Ficou provado que estas medidas são tomadas contra a classe docente e não a seu favor como tem tentado fazer passar a ministra que se vem desdobrando em entrevistas para a comunicação social. O JA'' assistiu ao desfile interminável de 100 mil almas determinadas a fazer valer o bom senso, recusando a improvisação e a precipitação com que se tem vindo a complicar a vida nas escolas.
Além da ter sido bonito de se ver foi comovente assistir a uma tão categórica afirmação de cidadania e maioridade democrática. Por vezes faz bem recordar que os cidadãos também têm direitos e sabem o que fazer para lutar por eles.
RS

domingo, 2 de março de 2008

Crise de identidade

Este jornal é o "Jornal da Anselmo". Ainda bem. Se a designação fosse, por exemplo, "Jornal da Escola Secundária Anselmo de Andrade" estaríamos agora com um problema de identidade uma vez que, nos tempos que correm, poucos são os que conseguem dizer sem hesitações o nome da nossa Escola.

Ainda estaremos todos recordados do rocambolesco processo que nos trouxe à actual encruzilhada onde nos encontramos. Hoje somos Sede de Agrupamento Vertical de Escolas, temos turmas do 5º ano de escolaridade e andamos à procura de uma identidade perdida.

Esta "prenda" que nos foi oferecida contra a vontade da esmagadora maioria dos que compõem a nossa Comunidade Educativa, veio lançar a Anselmo num processo confuso e desestabilizador das habituais práticas pedagógicas que nos haviam conduzido a um patamar de qualidade que servia para ajeitar o ego a muitos de nós e nos ia fornecendo o alento necessário para continuarmos a trabalhar de acordo com os nossos padrões.

Para os mais distraídos ou menos motivados, o JA'' propõe a consulta dos resultados da inspecção realizada na Anselmo pela IGE- Inspecção Geral de Educação (ver em http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.ige.min-edu.pt/_PT/) faz agora um ano. As conclusões do Relatório dessa inspecção (que, recorde-se, foi solicitada pela nossa escola) são um bálsamo para o desânimo que por aí anda.

Fraca consolação, dirão os colegas, perfeitamente de acordo. Mesmo assim importa atentar no capítulo das Considerações Finais onde se referem os "Constrangimentos a ser resolvidos" ,passo a citar: "a introdução de outros ciclos da educação básica, para os quais a Escola não tem demonstrado especial vocação, com a consequente alteração da tipologia de Escola, pode constituir um risco de perda de identidade".

Isto mostra como o trabalho dos inspectores foi recebido e tido em consideração pelos que decidiram que, agora, a nossa Escola é a Escola não-sei-quantos-e-não-sei-que-mais Anselmo de Andrade.

Enfim, tal comoPortugal vive sempre à espera da tal manhã de nevoeiro, saudoso de uma época passada em que alimentou insaciáveis sonhos de grandeza, também nós poderemos evocar saudosamente os tempos em que fomos a melhor Escola Secundária da Cidade e uma das melhores do Distrito de Setúbal. Sempre temos este Relatório da IGE como prova daqueles tempos áureos para mostrar a quem quiser ver que o prémio pela dedicação ao trabalho nem sempre é aquele que se imagina o mais ajustado.

RS