A notícia entrou discreta e de mansinho, um diploma aprovado em Conselho de Ministros determina o fim da Área Projecto para os 2.º e 3.º ciclos no próximo ano (ver aqui, no Comunicado do Conselho de Ministros de 14 de Outubro de 2010, ponto 6).
Nesse comunicado pode ler-se também que: No âmbito da melhoria e aperfeiçoamento na organização do currículo e das aprendizagens, e do desenvolvimento da autonomia das escolas, possibilita-se que, no âmbito da respectiva autonomia, expressa no seu projecto curricular de turma, estas possam organizar a carga horária semanal em períodos de 45 ou 90 minutos. A novidade prende-se com uma verdadeira partilha de responsabilidades entre o ministério e as escolas na organização da carga horária semanal no ensino básico. Esta atitude ministerial é de louvar.
Nesse comunicado pode ler-se também que: No âmbito da melhoria e aperfeiçoamento na organização do currículo e das aprendizagens, e do desenvolvimento da autonomia das escolas, possibilita-se que, no âmbito da respectiva autonomia, expressa no seu projecto curricular de turma, estas possam organizar a carga horária semanal em períodos de 45 ou 90 minutos. A novidade prende-se com uma verdadeira partilha de responsabilidades entre o ministério e as escolas na organização da carga horária semanal no ensino básico. Esta atitude ministerial é de louvar.
Aqueles que reclamam uma maior (e verdadeira) autonomia para as escolas têm agora uma oportunidade dourada para fazer valer os seus pontos de vista e provar que uma escola funciona melhor quando é organizada a partir do interior, com decisões tomadas pelos respectivos conselhos: Geral e Pedagógico.
Segundo o mesmo comunicado: O diploma procede, ainda, à eliminação da área de projecto do elenco das áreas curriculares não disciplinares, decorrente, quer da experiência da sua aplicação, quer das opiniões expressas pela comunidade educativa que o consideram ineficaz. Aqui chama-se a atenção para o facto de estarmos perante uma decisão tomada com base na experiência da aplicação prática e das opiniões expressas pela comunidade educativa. Por uma vez, espera-se que seja a primeira de muitas, o ministério deu ouvidos a quem lida no terreno com o resultado das suas orientações e não apenas com as opiniões de "especialistas" que o que conhecem melhor é a cor das paredes dos respectivos gabinetes.
Estaremos perante uma alteração do comportamento do Ministério da Educação? Aguardemos pelos próximos episódios.
2 comentários:
Parece animador se não se tratasse de uma medida apenas economicista (basta ler a pág. 70 do OE para perceber os cortes que vão ser feitos). Esta medida deveria vir integrada numa verdadeira reforma curricular do básico que há tanto tempo que se espera (e quem espera, desespera... )
Parece animador se não se tratasse de uma medida apenas economicista (basta ler a pág. 70 do OE para perceber os cortes que vão ser feitos). Esta medida deveria vir integrada numa verdadeira reforma curricular do básico que há tanto tempo que se espera (e quem espera, desespera... )
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