sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Livros recomendáveis (a História da 2ª guerra está na moda!?)

link para a foto aqui, o texto da legenda não é brilhante mas fornece uma perspectiva curiosa.



A Segunda Guerra Mundial, a Literatura e os adolescentes


«A Segunda Guerra Mundial está na moda entre os adolescentes europeus». Quem o diz é o historiador Antony Beevor, autor dos best sellers (e multi-premiados), A Queda de Berlim e Estalinegrado, obras de rigor histórico que se lêem como se de romances se tratassem – daí o seu sucesso. O ano de 2007 parece provar a afirmação do historiador britânico e, pelos vistos, não são só os adolescentes que (re)descobriram o grande conflito mundial. De facto, o tema está longe de se ter esgotado, como o demonstra a edição dos romances que de seguida se referem e que, ao invés de repetirem o que já foi escrito e rescrito, acrescentam algo de novo.
“O Rapaz do Pijama às Riscas”, obra comovente em que o autor, John Boyne, dá a conhecer o Holocausto aos mais novos através de duas personagens: uma judia e outra alemã. Em comum têm o facto de serem crianças. A separá-los, a raça e o arame farpado. É a primeira vez que se tenta uma abordagem deste género. A história é contada com uma simplicidade e ingenuidade desarmantes. Afinal, vemos Auschwitz (Acho-Vil para o pequeno Bruno, filho do comandante do campo de extermínio) pelos olhos de uma criança de nove anos. O final é de fazer chorar. Um livro a ter em conta pelos alunos do 9º ano (conheço alguns que o leram no ano lectivo anterior e gostaram bastante).
Segue-se “Tamar”, de Mal Peet, outro romance original no tema: a Resistência na Holanda e o Inverno da Fome. Vencedor da Carnegie Medal, lê-se de um fôlego e não nos incomoda, diga-mos assim, como “O Rapaz do Pijama às Riscas”, embora Peet crie uma atmosfera de tensão que nos dá uma ideia do modo como viviam (leia-se sobreviviam) os resistentes sob a brutal ocupação nazi.
E o que dizer de “As Gémeas”, de Tessa de Loo, uma holandesa que reside no Algarve e que produziu esta espantosa história em 1993 mas que só o ano passado foi publicada entre nós? Nesta obra, que inspirou um filme homónimo nomeado para um Óscar, acompanhamos a história de duas gémeas alemãs que viram a guerra de duas perspectivas diferentes: separadas muito novas, uma passou pela guerra como holandesa, a outra como alemã. Uma perspectiva diferente que nos mostra que entre os Alemães também houve vítimas.
Por último, “As Benevolentes”, de Jonathan Littell, obra terrível, sombria, provocadora e perturbadora, dá-nos uma visão crua do Holocausto e do nazismo em geral. Vemos a maior barbaridade da História pelos olhos de um nazi invulgar e que passadas muitas décadas não está minimamente arrependido. Vencedor do Prémio Goncourt, provocou um autêntico terramoto em todos os países onde já foi publicado. O escritor Jorge Semprún considerou-o o livro da década.
Conclusão, a Segunda Guerra Mundial vai continuar a dar que falar e não só aos alunos e professores de História. Para terminar, deixo esta frase retirada de “As Gémeas” que resume de um modo magnífico a monstruosidade nazi: «Voltava a haver uma estrutura, uma estrutura que tinha a cor do milho e do céu no Verão (…).» O problema, claro, estava reservado para quem não fosse loiro e não tivesse os olhos azuis.

“O Rapaz do Pijama às Riscas”, John Boyne, Edições ASA, 2007, 176 páginas.
“Tamar”, Mal Peet, Gailivro, 2007, 430 páginas.
“As Gémeas”, Tessa de Loo, Quetzal Editores, 2007, 395 páginas.
“As Benevolentes”, Jonathan Littell, Dom Quixote, 2007, 884 páginas que se lêem obsessivamente.



Orlando Lourenço, professor de História.
segue as hiperligações para informação adicional

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Bandeira Verde





Torres Vedras, 26 de setembro 2008
Festa das Bandeiras Verdes Eco-Escolas (ABAE)


Pelo segundo ano consecutivo a nossa escola recebeu o Galardão e a Bandeira Verde Eco-Escolas, prémio atribuido pela sua participação no projecto eco-escolas e que simboliza o reconhecimento da existência de um empenhado trabalho na área da educação ambiental/educação para a sustentabilidade, seguindo a metodologia do projecto eco-escolas Este é reconhecido pela UNEP, United Nations Environmental Program, como um dos instrumentos fundamentais para trabalhar o Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 21 local.

A Anselmo de Andrade é uma das 788 escolas que em 2007/2008 desenvolveu trabalhos com os seus alunos nesta área, tendo sido mais uma vez premiada através de trabalhos de projecto em turmas do básico, como por exemplo a Horta Biológica, a Mobilidade Sustentável e ainda o fabrico de um protótipo de um carro solar (o Fotão Verde) que teve participação numa corrida a concurso.

A escola esteve representada pelas professoras Emília Costeira, Elisabete Garcia e o professor Gonçalo Brito (na foto) que participaram no projecto, bem como algumas alunas das turmas envolvidas nos trabalhos. Infelizmente os custos de deslocação não permitiram uma participação maior dos alunos envolvidos. Parabéns a todos.

Notícia recebida por e-mail, enviada pela professora Emília Costeira

Parabéns também do JA''. No entanto, o redactor desta mensagem deslocou-se à janela da biblioteca e reparou que a bandeira verde não está hasteada nos mastros junto ao portão principal. Onde pára a nossa bandeira verde? Agradece-se que, quem conhecer o seu paradeiro nos informe ou informe alguém que possa contribuir para que ela apareça!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Medalhas Olímpicas

Apesar de alguns dias de atraso, é com todo o prazer que o JA'' publica esta notícia, onde se destaca um aluno da nossa Escola pela sua participação nas olimpíadas Ibero-americanas de Matemática. Afinal não é só no atletismo ou no futebol que devemos concentrar as nossas atenções para sentirmos que há entre nós pessoas cujo valor individual e empenho no trabalho lhes valem lugares de destaque a nível internacional. Parabéns também aos professores que são capazes de incentivar estes alunos para que atinjam os níveis de excelência verificados.

COMUNICADO DE IMPRENSA
Olimpíadas Ibero-americanas de Matemática
Alunos conquistam três medalhas de bronze e uma menção honrosa

26 de Setembro de 2008

Três medalhas de bronze e uma menção honrosa. Foi este o saldo da equipa portuguesa nas
Olimpíadas Ibero-americanas de Matemática (IMO), que em 2008 decorrem em Salvador da
Bahia
. Os alunos regressam a Lisboa neste domingo, após uma semana de aventura naquela
que foi a primeira capital do Brasil.

No total, o país conquistou 92 pontos. Com duas questões completamente correctas e 16
pontos, Pavlo Zhygulin foi o responsável pela Menção Honrosa, dada a todos os alunos que
consigam responder completamente a pelo menos um problema. As medalhas de bronze
foram obtidas por José Valdez, Pedro Vieira e Jorge Landeira, que alcançaram 26, 26 e 24
pontos, respectivamente. Os quatro alunos foram seleccionados a partir de um estágio
realizado no âmbito do programa Delfos, nos quais concorreram com outros vencedores das
Olimpíadas Portuguesas de Matemática. Pedro Vieira e Jorge Landeira transitaram da
equipa das Olimpíadas Internacionais de Matemática, onde tinham conquistado prémios
semelhantes.

A participação da delegação portuguesa nas competições internacionais é organizada pela
SPM (http://www.spm.pt/). A preparação e a selecção dos alunos estão a cargo do Projecto Delfos, da Universidade de Coimbra. Em 2008, o projecto decorrerá pela primeira vez também em Lisboa, de modo a tornar-se mais acessível aos jovens da região Sul do país.
A selecção para as competições internacionais começa todos os anos com as Olimpíadas
Portuguesas de Matemática, que em 2008 terão a sua 27ª edição.
As inscrições decorrem até 24 de Outubro.
Veja a lista dos alunos:
José Valdez
26 pontos – medalha de bronze
12º ano
Esc. Sec. Seomara da Costa Primo
Amadora
Pedro Manuel Paços de Sousa Vieira
26 pontos – medalha de bronze
11º ano Externato Ribadouro
Vila Nova de Gaia
Jorge Ricardo Landeira da Silva Miranda
24 pontos – medalha de bronze
11º ano Esc. Sec. Anselmo de Andrade
Almada
Pavlo Zhygulin
16 pontos – menção honrosa
12º ano Escola Secundária de Silves
Armação de Pera
Notíca enviada por e-mail pela professora Ângela Queiroz